Sobre o local
Entre as ruas João Pessoa e Senhor dos Passos está localizada a praça Barão de Santo Ângelo. Popularmente é conhecida como Praça da Rodoviária, já que, por muitos anos, o terminal funcionou nas proximidades. É uma das mais antigas da cidade. Guarda alguns monumentos, como o que traz a carta testamento de Getúlio Vargas e a estátua de uma mãe com uma criança no colo, fruto de uma homenagem do Rotary à mãe rio-pardense. E também tem um busto em homenagem às professoras Ana Aurora e Zamira do Amaral Lisboa. Outra característica marcante são os bancos antigos que ostentam nomes de pontos comerciais de Rio Pardo.
O Barão de Santo Ângelo foi Manuel Araújo de Porto Alegre. Ele nasceu em Rio Pardo em 29 de novembro de 1806. Aos 16 anos foi para a Capital, onde Iniciou os estudos de pintura e desenho. Anos mais tarde, em 1827, foi para o Rio de Janeiro, quando ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes. Os estudos o levaram para Paris, em 1831, onde permaneceu por sete anos. Retornou ao Brasil em 1838, assumindo o cargo de professor na Academia de Belas-Artes.
Foi nomeado pintor oficial da Câmara Imperial, em 1840, e executou a decoração da coroação de D. Pedro II e também do casamento do Imperador Com dona Teresa Cristina. Em 1848 foi para a Escola Militar.
Começou a vida política em 1852. Dois anos depois foi nomeado por Dom Pedro II como diretor da Academia Imperial, implantou a chamada Reforma Pedreira, que promoveu mudanças no ensino e conciliava escolas e inovações técnicas. Como pintor oficial da família imperial e diretor de obras dos paços imperiais, ficou responsável por diversos projetos arquitetônicos, como o Paço Imperial, o Banco do Brasil, a Escola de Medicina e a Alfândega. Colaborou com revistas e dirigiu o primeiro jornal ilustrado com caricaturas do Império. Fundou a Imperial Academia de Música e Ópera Nacional. É o patrono da cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 29 de de-
zembro de 1879, em Portugal.