Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que, nos meses de março e abril de 2020, o índice de feminicídios cresceu 22%. Estes números, que cresceram muito na pandemia e acenderam o alerta vermelho para as autoridades, reforçam a importância de continuar debatendo formas de enfrentar a violência contra a mulher.
Nesta semana, em que a Lei Maria da Penha completa 14 anos, os indicadores demonstram, também, um crescimento de 30% no número de pedidos de medidas protetivas de urgência, desde o início do isolamento. O Brasil está em patamares alarmantes no cenário internacional; somos o 5º país no que mais mata mulheres, o que representa um paradoxo, já que a Lei Maria da Penha é a 3ª maior legislação do mundo. Ela já traz, além dos mecanismos de proteção à mulher, algumas diretrizes de implantação de políticas públicas. Infelizmente 90% dos Estados do Brasil não possuem uma delegacia especializada de atendimento a mulheres.
Já a cidade de Rio Pardo, conta com a Coordenadoria Municipal da Mulher, que trabalha articulando serviços como o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (COMDIM), a Sala das Margaridas, localizada na Delegacia de Polícia, com realização de atendimento a grupos vulneráveis, a Procuradoria Especial da Mulher e a Patrulha Maria da Penha, serviço da Brigada Militar que já atende 65 vítimas cadastradas. Neste mês, o foco está também na divulgação do Agosto Lilás, movimento que conscientiza acerca da violência contra a mulher.