A 254ª Semana Santa do município está tendo uma Programação Religiosa e Cultural cheia de novidades mas mantendo toda a linda tradição. As celebrações religiosas da Sexta-feira Santa em Rio Pardo começaram às 15 horas. Hoje é o único dia do ano em que não é realizado missa, apenas uma celebração litúrgica da Paixão do Senhor, que consiste de três momentos: Liturgia da Palavra, Adoração e Beijo na Cruz (Jesus Crucificado) e Sagrada Comunhão.
Esta tradição iniciou-se com os cristãos peregrinos dos primeiros séculos que iam a Jerusalém adorar a Santa Cruz em que Jesus havia sido sepultado e era colocada diante do Santo Sepulcro para tal. Estes cristãos, um a um, passavam diante Dela reverenciando-a e beijando-a. Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz que significa adorar a Jesus que foi pregado e morreu na cruz. Neste dia 14 de abril centenas de católicos repetiram este bonito ato de fé na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário.
A partir das 17 horas uma multidão de fiéis rio-pardenses e turistas de muitas localidades começava a chegar para participar da Procissão de Nosso Senhor Morto pedindo bênçãos ou demonstrando gratidão por graças recebidas. Mais de oito mil devotos segurando velas acesas seguiram a Imagem e inundaram as ruas do trajeto de 3,5 km com orações e cantos numa bela demonstração de fé coordenada por Dom Aluísio Dilli ( Bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul), Padre Hilário ( Pároco da Igreja Matriz do Rosário) e o Padre Ronaldo da Silva.
Ás 20:30 horas a população de Rio Pardo e turistas de muitas localidades puderam apreciar a belíssima encenação da Paixão de Cristo ao ar livre em frente à Igreja. A tradicional interpretação emocionou profundamente os expectadores com a atuação de seu elenco de mais de 70 pessoas entre atores e figurantes. Com texto adaptado pela jornalista Letícia Mendes e direção de Dmitri Rodrigues, a releitura busca adaptar a passagem bíblica ao contexto atual. Este formato de trabalho tem a finalidade de abranger um público maior e compreender a diversidade religiosa da cidade. O maravilhoso jogo de luz e som teve seu ápice na crucificação e a seguir na Ressurreição de Jesus quando surge entre as árvores. Muitas lágrimas dentre os expectadores comprovou o talento de Eronilda e Jones Mallet, mãe e filho na vida real, representando Maria e Jesus de Nazaré.