A prefeita em exercício de Rio Pardo, Rosane Rocha, recebeu na manhã desta quinta-feira (18) quatro representantes dos profissionais de saúde que trabalham no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo (HRVRP) para tirar dúvidas em relação a falta de pagamento dos seus salários. O Procurador do Município, Hamilton Silveira, e a Secretária Municipal de Saúde, Sucila Leipnitz, também acompanharam o encontro e falaram sobre a questão e o papel da administração pública municipal.
Rosane Rocha acolheu o grupo e se solidarizou com a situação. “No dia 04 de junho a Prefeitura depositou judicialmente o valor de R$ 1.754.334,64, referente ao pagamento das despesas do Hospital, incluindo a folha de pagamento. Este era o nosso papel e nós o honramos”, explicou. A conversa aconteceu em clima cordial e serviu para elucidar alguns pontos. Segundo os funcionários, não houve nenhum tipo de diálogo, tanto com a administração temporária do HRVRP, quanto com representantes do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS). “Até o momento, este encontro aqui na Prefeitura nos deu as primeiras informações que nos foram repassadas de forma oficial. Estamos nos sentindo desamparados e longe do campo de visão daqueles que deveriam nos dar estas respostas”, disse a Enfermeira Carla Daniela Santos. O Procurador do município, Hamilton Silveira, colocou-se à disposição do grupo para qualquer tipo de esclarecimento ou apoio.
Após a conversa no gabinete, o grupo seguiu rumo ao Fórum com o objetivo de buscar esclarecimento sobre a previsão do repasse e como este se dará, a fim de que os salários possam ser pagos. A Juíza da 1ª Vara de Rio Pardo, Dra. Magali Wickert de Oliveira, explicou na ocasião o âmbito jurídico que permeia a questão do valor depositado pela Prefeitura. “Estamos apenas aguardando o número de uma conta idônea por parte da administração provisória do hospital”, salientou. Segundo a Juíza, o administrador do HRVRP, Rafael Lima, repassou o número de uma conta da Associação Brasileira do Bem-Estar Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), o que é totalmente contraditório à sua decisão judicial. “Isto se tornou impossível de ser acolhido judicialmente”, enfatizou a Dra. Magali, que finalizou afirmando que se uma conta idônea chegar até ela, o repasse será feito imediatamente.